A dívida do governo da província de Luanda e a decisão unilateral de suspender os contratos com as empresas de limpeza de lixo já começou a ter efeitos nefastos junto das famílias. Até o momento, as empresas já despediram perto de 2 mil trabalhadores, dado que não têm capacidade de manter os custos com pessoal.
A actual incapacidade financeira das empresas resulta do facto de as mesmas não resistirem ao aperto financeiro agudizado com a falta de pagamentos por parte do GPL, que ao anunciar a criação de novo modelo de gestão de lixo, não deu indicadores de quando poderá pagar as dívidas que acumulou junto das empresas.
A brasileira Queiroz Galvão, por exemplo, despediu 250 trabalhadores ligados à sucursal de limpeza urbana, e deverá despedir mais 50 trabalhadores até o dia 28 deste mês, período em que deverá estar concluído o processo de redução de custo com pessoal, visando fazer face às dificuldades financeiras que vivencia, em consequência do incumprimento do Estado angolano, em relação ao serviço prestado.
Entretanto, face ao presente desfecho na relação entre o governo de Luanda e as companhias de limpeza de lixo, alguns gestores de diferentes empresas de limpeza estão a caracterizar a governação de Luanda como arrogante e temem que a administração da capital, por puro descaso, decida não pagar as dívidas, à semelhança do que está a ocorrer na Província de Malanje, onde uma empresa de limpeza queixa-se de atraso de três anos de pagamento.
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