Tomás Bica nomeado nomeado administrador do Cazenga sem ser exonerado do Sambizanga

A governadora da Província de Luanda, Joana Lina, realizou, por despacho, várias mexidas na estrutura de governação da capital, com destaque para a nomeação de Tomás Bica como administrador do município do Cazenga. 


Ocurioso é que Tomás Bica ainda não foi exonerado do cargo de administrador do Sambizanga, o que na prática, significa que o mesmo está a acumular os dois cargos. Ou seja, é o administrador do Cazenga e do Sambizanga.

Em relativamente a esta questão, quadros do Gabinete de Comunicação Institucional Imprensa do Governo da Província de Luanda explicaram à Camunda News que "quando um quadro é nomeado para administrar um município, tacitamente já está exonerado do cargo que exercia antes da nomeação" no outro, sendo que por isso, "a exoneração de Tomás Bica e nomeação de seu substituto no Sambizanga está para breve".

Mas, e independentemente de qualquer explicação, a verdade é que Tomás Bica ainda não foi exonerado do Sambizanga, para desilusão de algumas pessoas no Município que desejam a extinção da Turma do Apito, algo que, na perspectiva de muitos, só deverá acontecer com a saída de Tomás Bica do Sambizanga.

A Turma do Apito é um grupo de jovens que paralelamente à Polícia Nacional se tem dedicado no combate à criminalidade. Aquando da sua criação, o grupo de iniciativa de Tomás Bica, foi bastante elogiado até por pessoas alheias ao Sambizanga, dado que em menos de três meses, segundo os populares, reduziu drasticamente a criminalidade.

Mas nos últimos dias, as acções da Turma do Apito têm causado medo aos munícipes. De acordo com as informações colhidas no Sambizanga, o grupo faz buscas e bate a qualquer um que ouse contrariar suas decisões.

No dia 12 deste mês, num sábado, um jovem identificado por João Zage, de 33 anos de idade, trabalhador e chefe de família, foi apanhado e queimado com recurso a gasolina depois de já ter sido brutalmente agredido com objectos contundentes, só porque alguém o acusou de ter roubado um relógio.

Sem provas, a Turma do Apito concluiu que o jovem era mesmo culpado em menos de 30 minutos de acareação. E aplicou a sentença. No bairro, o acto mereceu repúdio.

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