O rapper e activista dos Direitos Humanos, Hitler Samussuku, considera que Angola, com a presidência de João Lourenço, está a recuar para o "regime autoritário".
Hitler Samussuku fez estes comentários durante a sua participação no fórum sobre Angola, realizado por videoconferência pela Amnistia Internacional, em colaboração com a associação de defesa de Direitos Humanos, a OMUNGA, sediada em Benguela.
No decorrer da sua intervenção no Fórum, Hitler Samussuku fez um retrato sombrio sobre o futuro de Angola, tendo sublinhado que ao longo dos três anos de governação de João Lourenço, o país registou factos que evidenciam que o novo regime é ditador e autoritário, tendo citado, como exemplo, os chumbos do Tribunal Constitucional sobre o pedido de legalização do PRA-JA, projecto político liderado por Abel Chivukuvuku, bem como o combate que está a ser feito contra o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, que, segundo Hitler Samussuku, está a ser dirigido pela hierarquia do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado, uma prática que, acrescentou Hitler Samussuku, viola "claramente" as regras de actuação da instituição, cujo estatutos o tornam num órgão guardião do Estado democrático e de direito, determinado na Constituição da República.
O jovem activista Hitler Samussuku é licenciado em Ciências Políticas e eleito presidente da associação Handeka, em 2019. Fez parte do processo 15+2, acusado e condenado em 2016 por actos de preparação de golpe de estado contra o então Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
0 Comentários