Há oito anos, quando tomou contacto com a criação de infra-estruturas técnicas, no quadro dos trabalhos de requalificação do distrito do Sambizanga, Joaquim Gouveia jamais podia prever o calvário que agora enfrenta.
Para Joaquim Gouveia, morador no bairro da Lixeira, a construção e reabilitação de passeios, vias de circulação, viaduto e outras infra-estruturas públicas representou o início da viragem urbanística do Sambizanga, mas também o avolumar de dissabores no acesso à água potável para as famílias dos bairros da Madeira, Lixeira, Frescura, Santo Rosa, entre outros.
“A requalificação do Sambizanga-Sede previa também a construção de serviços médicos, postos policiais, redes eléctricas, de abastecimento de água e drenagem das águas residuais e pluviais. Infelizmente, parte da conduta de transporte de água para o bairro foi cortada e estamos assim até hoje”, disse Joaquim Gouveia.
Para contornar a carência de água, os moradores dos bairros penalizados são abastecidos com alguma regularidade por camiões-cisterna. Outros optam ainda por ter reservatórios nas viaturas e encher sempre que a necessidade exija.
Joana Luís é moradora no bairro da Madeira. Tem presente na mente a placa com os dizeres “Os sacrifícios de hoje vão ser recompensados amanhã”, afixada, à época, em vários locais do Sambizanga. Decorridos esses anos, sente-se desiludida por todos ainda estar a consentir os mesmos sacrifícios.
Joana Luís conta que a “luta” pela disputa de água inicia cedo e, por isso, muitas vezes é obrigada a acordar antes das 5 horas da manhã para evitar o excessivo número de pessoas imbuídas do mesmo objectivo.
“Há anos que o consumo de água ficou limitado e não temos qualquer esperança na resolução imediata deste problema”, lamentou Joana Luís, enquanto aguardava na fila para encher a bacia com água do camião-cisterna.
O administrador do Sambizanga reconhece que o distrito regista algumas restrições do ponto de vista estrutural por força das obras de requalificação do passado recente. Incluiu a carência do precioso líquido em vários bairros e fez saber que a cobertura no abastecimento de água potável está na ordem de 65 por cento.
Tomás Bica lamentou o facto de o Sambizanga ter sido das poucas localidades que não beneficiou do projecto das 700 mil ligações domiciliares da Empresa Pública de Águas (EPAL).
“Existem várias zonas no Sambizanga que não têm água por falta de ligação domiciliária”, disse.
Tomás Bica explicou que existe um ramal de água no Bairro Operário que percorre a rua de Benguela. Considerou que o mesmo pode beneficiar de obras e ser aproveitado para futuras ligações domiciliares.
Com as obras paralisadas por insuficiência de recursos financeiros, Tomás Bica informou que a continuidade do projecto de requalificação do Sambizanga e, muito particularmente, o Bairro Operário, é da responsabilidade do Governo central.
“Não é uma tarefa da administração do distrito como tal, é do Governo central e por insuficiência de recursos financeiros as obras encontram-se paralisadas. Somos da área operacional e apenas cabe-nos cumprir os programas de realojamento”, disse.
“A requalificação do Sambizanga-Sede previa também a construção de serviços médicos, postos policiais, redes eléctricas, de abastecimento de água e drenagem das águas residuais e pluviais. Infelizmente, parte da conduta de transporte de água para o bairro foi cortada e estamos assim até hoje”, disse Joaquim Gouveia.
Para contornar a carência de água, os moradores dos bairros penalizados são abastecidos com alguma regularidade por camiões-cisterna. Outros optam ainda por ter reservatórios nas viaturas e encher sempre que a necessidade exija.
Joana Luís é moradora no bairro da Madeira. Tem presente na mente a placa com os dizeres “Os sacrifícios de hoje vão ser recompensados amanhã”, afixada, à época, em vários locais do Sambizanga. Decorridos esses anos, sente-se desiludida por todos ainda estar a consentir os mesmos sacrifícios.
Joana Luís conta que a “luta” pela disputa de água inicia cedo e, por isso, muitas vezes é obrigada a acordar antes das 5 horas da manhã para evitar o excessivo número de pessoas imbuídas do mesmo objectivo.
“Há anos que o consumo de água ficou limitado e não temos qualquer esperança na resolução imediata deste problema”, lamentou Joana Luís, enquanto aguardava na fila para encher a bacia com água do camião-cisterna.
O administrador do Sambizanga reconhece que o distrito regista algumas restrições do ponto de vista estrutural por força das obras de requalificação do passado recente. Incluiu a carência do precioso líquido em vários bairros e fez saber que a cobertura no abastecimento de água potável está na ordem de 65 por cento.
Tomás Bica lamentou o facto de o Sambizanga ter sido das poucas localidades que não beneficiou do projecto das 700 mil ligações domiciliares da Empresa Pública de Águas (EPAL).
“Existem várias zonas no Sambizanga que não têm água por falta de ligação domiciliária”, disse.
Tomás Bica explicou que existe um ramal de água no Bairro Operário que percorre a rua de Benguela. Considerou que o mesmo pode beneficiar de obras e ser aproveitado para futuras ligações domiciliares.
Com as obras paralisadas por insuficiência de recursos financeiros, Tomás Bica informou que a continuidade do projecto de requalificação do Sambizanga e, muito particularmente, o Bairro Operário, é da responsabilidade do Governo central.
“Não é uma tarefa da administração do distrito como tal, é do Governo central e por insuficiência de recursos financeiros as obras encontram-se paralisadas. Somos da área operacional e apenas cabe-nos cumprir os programas de realojamento”, disse.
Ruas em reabilitação
A degradação acentuada de ruas principais e secundárias é um outro problema que o Sambizanga enfrenta. Por este motivo, a reabilitação das ruas de Benguela, Lobito, Comandante Bula e do Centro Cultural António Agostinho Neto, no âmbito do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), está a ser acompanhada com expectativa pelos moradores, particularmente os automobilistas. As obras compreendem a colocação de novo asfalto, melhoria do sistema de esgoto, sinalização horizontal e vertical, entre outros.
Embora a empreitada esteja na fase inicial, em função do que constatou há três dias, Mateus Lopes, morador no São Paulo, mostra-se satisfeito e acredita que a construtora vai obedecer os padrões exigidos na construção de estradas, de acordo com o que foi anunciado pelas autoridades. Resta-lhe apenas aguardar pela conclusão dos trabalhos para aferir a qualidade.
Celestina do Espírito Santo partilha o mesmo sentimento. Sem rodeios, considera salutar a iniciativa. Moradora na Rua de Benguela, lembrou que as ruas em reabilitação há muito clamavam por intervenção. Celestina do Espírito Santo aproveitou e apelou à necessidade de colaboração dos moradores e automobilistas com as empresas construtoras para o término das obras nos prazos definidos.
A degradação acentuada de ruas principais e secundárias é um outro problema que o Sambizanga enfrenta. Por este motivo, a reabilitação das ruas de Benguela, Lobito, Comandante Bula e do Centro Cultural António Agostinho Neto, no âmbito do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), está a ser acompanhada com expectativa pelos moradores, particularmente os automobilistas. As obras compreendem a colocação de novo asfalto, melhoria do sistema de esgoto, sinalização horizontal e vertical, entre outros.
Embora a empreitada esteja na fase inicial, em função do que constatou há três dias, Mateus Lopes, morador no São Paulo, mostra-se satisfeito e acredita que a construtora vai obedecer os padrões exigidos na construção de estradas, de acordo com o que foi anunciado pelas autoridades. Resta-lhe apenas aguardar pela conclusão dos trabalhos para aferir a qualidade.
Celestina do Espírito Santo partilha o mesmo sentimento. Sem rodeios, considera salutar a iniciativa. Moradora na Rua de Benguela, lembrou que as ruas em reabilitação há muito clamavam por intervenção. Celestina do Espírito Santo aproveitou e apelou à necessidade de colaboração dos moradores e automobilistas com as empresas construtoras para o término das obras nos prazos definidos.
Quadra polidesportiva
No âmbito do PIIM, o Bairro Operário vai beneficiar de uma quadra polidesportiva com capacidade para 180 lugares. Prevista para ser construída na rua G, além de bancadas, o equipamento desportivo vai comportar lojas, balneários, escritórios e restaurantes.
O administrador Tomás Bica informou que, além da actividade desportiva, a quadra vai estar ao dispor de actividades de carácter social e não só.
“Geralmente quando há óbito no bairro, as pessoas interditam as ruas o que constitui transgressão administrativa. Essa quadra vai ajudar na realização de cerimónias fúnebres e outras actividades, mediante o pagamento de uma taxa”, disse Tomás Bica, sublinhando que a cobrança de uma taxa mínima servirá para garantir a manutenção e segurança do espaço.
No âmbito do PIIM, o Bairro Operário vai beneficiar de uma quadra polidesportiva com capacidade para 180 lugares. Prevista para ser construída na rua G, além de bancadas, o equipamento desportivo vai comportar lojas, balneários, escritórios e restaurantes.
O administrador Tomás Bica informou que, além da actividade desportiva, a quadra vai estar ao dispor de actividades de carácter social e não só.
“Geralmente quando há óbito no bairro, as pessoas interditam as ruas o que constitui transgressão administrativa. Essa quadra vai ajudar na realização de cerimónias fúnebres e outras actividades, mediante o pagamento de uma taxa”, disse Tomás Bica, sublinhando que a cobrança de uma taxa mínima servirá para garantir a manutenção e segurança do espaço.
Iluminação na Lueji A’Nkonde
Fruto do trabalho desenvolvido pelos jovens da Brigada de Vigilância Comunitária, depois de cerca de 10 anos às escuras, os postos de iluminação pública ao longo da rua Lueji A’Nkonde voltam a estar acesos no período nocturno.
Tomás Bica elogiou o empenho demonstrado pelos mentores da iniciativa e o trabalho realizado de modo gratuito e voluntário.
“São jovens com conhecimento de electricidade. No âmbito da responsabilidade social, contaram com o apoio da Empresa Nacional de Distribuição de Energia, entidade que também forneceu os materiais usados”, disse.
Tomás Bica afirmou que a prioridade recai agora na iluminação das torres comunitárias do Sambizanga-Sede, fora de serviço desde 2008. A sua efectivação, referiu, vai desencorajar as acções criminosas e permitir que a população circule com maior segurança.
“Sabe-se que os marginais preferem a escuridão para a prática de crimes e o esforço em levar a iluminação para o interior dos bairros vai continuar”, garantiu Tomás Bica.
Fruto do trabalho desenvolvido pelos jovens da Brigada de Vigilância Comunitária, depois de cerca de 10 anos às escuras, os postos de iluminação pública ao longo da rua Lueji A’Nkonde voltam a estar acesos no período nocturno.
Tomás Bica elogiou o empenho demonstrado pelos mentores da iniciativa e o trabalho realizado de modo gratuito e voluntário.
“São jovens com conhecimento de electricidade. No âmbito da responsabilidade social, contaram com o apoio da Empresa Nacional de Distribuição de Energia, entidade que também forneceu os materiais usados”, disse.
Tomás Bica afirmou que a prioridade recai agora na iluminação das torres comunitárias do Sambizanga-Sede, fora de serviço desde 2008. A sua efectivação, referiu, vai desencorajar as acções criminosas e permitir que a população circule com maior segurança.
“Sabe-se que os marginais preferem a escuridão para a prática de crimes e o esforço em levar a iluminação para o interior dos bairros vai continuar”, garantiu Tomás Bica.
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