Templo do Prenda invadido por obreiros | Demetro-News

Mais de 20 obreiros da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), entre homens e mulheres, deslocaram-se ontem ao templo localizado na rua “Zé Banana”, nas imediações do lote 16, no bairro Prenda, em Luanda, para receber a chave em posse de um pastor angolano, que estava a fazer limpeza.

O incidente não teve grandes repercussões, devido a pronta intervenção da Polícia Nacional.Em declarações ao Jornal de Angola, o obreiro Victor Monteiro disse que o objectivo era receber a chave que estava com o pastor, para que se aguarde pelo pronunciamento final do Tribunal, e depois entregá-la ao vencedor da causa.

“Ouvimos que o pastor que está lá dentro pertence à Igreja Universal Reformada, razão pela qual estamos aqui para lhe receber a chave”, disse. Para a obreira Maura Filipe Domingos, pelo facto dos pastores angolanos terem sido libertos das trevas pelos pastores brasileiros não devem reclamar nada. “Uns eram doentes, gatunos, drogados e possuídos, agora que foram libertos já não querem os brasileiros, isso tudo é ganância pelo dinheiro” reforçou.

Para o pastor Silva Matias, porta-voz da ala da Igreja Universal que exige reformas, os brasileiros, liderados pelo Bispo Honorito Gonçalves, estão a sensibilizar obreiros e fieis no sentido de guerrear com os “irmãos angolanos”.

“Ao invés de se informarem para saber porque razão estamos a reclamar, estão a se levantar para lutar contra os próprios filhos, que reclamam os seus direitos, é uma vergonha o que os nossos irmão angolanos estão a fazer aqui no bairro Prenda”, la-mentou o pastor.

Segundo o pastor Silva Matias, os obreiros angolanos estão a ser incitados a agir com violência contra os irmãos angolanos, pelo pastor Vladir, líder dos obreiros em Angola. Contactada pelo Jornal de Angola, a porta-voz da IURD, Ivone Teixeira, disse que, além do templo do Prenda, foi invadido, igualmente, o templo do São Paulo. Ivone Teixeira promete dar mais pormenores na próxima edição do Jornal de Angola.

De referir que a crise na Igreja Universal do Reino de Deus agudizou-se a 22 de Junho, devido à insatisfação de pastores angolanos que eram submetidos à vasectomia antes de casar, racismo e envio de dinheiro para o exterior. Os pastores angolanos defendem que o dinheiro arrecadado dever ser investido no país.

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