SIC prende 933 cidadãos por tráfico de drogas em Luanda | Demetro-News

Mais de 900 cidadãos foram detidos pela Direcção de Combate ao Narcotráfico do Serviço de Investigação Criminal (SIC), de Janeiro a Junho deste ano.



O chefe do Departamento de Estudos, Informação e Apoio Técnico da Direcção Nacional de Combate ao Narcotráfico do Serviço de Investigação Criminal, su­perintendente-chefe Carlos Manuel, disse ao Jornal de Angola que a detenção dos 933 cidadãos está relacionada com os 829 casos de tráfico, cultivo e consumo de drogas, registados no país durante o período em referência.
Carlos Manuel informou que dos detidos, dois dos quais do Congo Democrático, 105 são do sexo feminino. Durante o período em referência, acrescentou, o SIC remeteu ao Tribunal, para julgamento, 626 processos, com réus presos. O SIC apreendeu 13,320 quilogramas de cocaína, 106,74 gramas de crack, 18.738 quilogramas de liamba e destruiu 8.053 plantas de liamba.
Carlos Manuel informou que a droga mais frequente é a liamba, cultivada em quase todas as províncias do país. Luanda e Malanje foram as províncias onde mais liamba foi apreendida, com 2.500 quilos. Cuanza-Sul e Cuando Cubango foram as províncias com mais plantas de liamba destruídas, com um total de mais de seis mil.
Luanda e Huíla foram as províncias em que mais cocaína se aprendeu, com 12,908 quilogramas e 108,636, respectivamente.  Carlos Manuel informou que a maior parte da cocaína chega ao país por via aérea, nas rotas São Paulo (Brasil) Luanda (Angola).  Outra rota usada pelos traficantes é a que saí de São Paulo, passando pela Etiópia, até Angola, bem como a de São Paulo/Lisboa/Luanda.
Explicou que a cocaína e o crack chegam ao país dissimulados em bagagens, no corpo humano, troféus, na cavidade anal e vaginal, nas vestes, em acessórios de viaturas, em cintas elásticas, em madeiras prensadas, em suporte de pegas de malas, nas carteiras de senhoras, em forma de chocolate e rebuçado, bem como entre as trancas e perucas.
Informou ainda que no tráfico e consumo de liamba os angolanos estão na linha da frente, ao passo que cidadãos nigerianos e congoleses democráticos dedicam-se mais ao tráfico e consumo de cocaína. Os cidadãos chineses e vietnamitas são os que lideram as drogas do tipo metanfitamina em Luanda.

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